Ao longo do processo terapêutico espera-se que se dê uma evolução progressiva:

• Da perceção e compreensão de si próprio, dos esquemas emocionais, circuitos de pensamento e padrões de funcionamento associados ao sofrimento psicológico e à perturbação que o provoca;
• Da compreensão do seu percurso e dos contextos da sua história pessoal, para chegar às condições da vida da pessoa (relacionais e da relação consigo próprio, acontecimentos de vida) que levaram ao bloqueio de tarefas essenciais do seu desenvolvimento psicológico;
• Da conquista de uma experiência relacional securizante e simultaneamente desafiante, criando as condições necessárias para o retomar do desenvolvimento que ficou suspenso na cristalização do padrão psicopatológico de funcionamento;
• De um caminho de diferenciação e integração da identidade pessoal, de um sentimento de si positivo, de construção de autonomia e de um sentido para a vida.
• O acompanhamento psicológico individual prestado aos utentes tem uma periodicidade definida num projeto terapêutico previamente estabelecido e acordado.

A intervenção psicológica pode ser também levada a cabo a nível grupal, através de grupos terapêuticos, realizados com uma periodicidade semanal.

O grupo surge como um espaço de partilha de sentimentos, emoções e pensamentos, numa mistura individual versus grupal influenciando-se mutuamente numa dialética. Desta forma o grupo constitui um espaço facilitador do trabalho psíquico, através das identificações relacionais entre os seus membros.