Como devo lidar com o diagnóstico?
Como devo lidar com o diagnóstico?
Marcel Wiel
Marcel Wiel
 
“Sou seropositivo. E depois?”
Marcel Wiel, Jornalista no Guardian

Com um otimismo fora de série, o jornalista confessa nunca ter sido estigmatizado por causa da doença. Talvez porque encara com todo o à-vontade a seropositividade. «O único sinal de discriminação foi quando vi o prémio do seguro de vida ser agravado», diz. À exceção deste episódio, a família e os amigos nunca deixaram de proferir palavras de entusiasmo e apoio. De acordo com Marcel Wiel, em Londres, uma «capital europeia com grande concentração de seropositivos», o VIH/SIDA deixou de ser tabu. «Se sou aberto ao assunto, os outros também o deverão ser», confessa.
Artigo de Saúde Pública, Outubro de 2010

Ser diagnosticado com a Infeção VIH é uma experiência que altera toda uma vida. Esta experiência pode fazer sentir-se de inúmeras maneiras, com diferentes emoções à mistura, pode variar entre o choro e a gargalhada, entre a angústia e o choque, entre o aprender a lidar e a negação do diagnóstico, entre outras. Carregar um fardo emocional tão grande, não surpreende ninguém quando se sabe que a depressão é duas vezes mais comum em pessoas que vivem com a infeção do que em pessoas da população em geral.

Seja você, um amigo ou um familiar que tenha descoberto recentemente que é positivo para o VIH, aconselhamos sempre o esclarecimento de dúvidas que, de certeza, todos temos, até esta infeção “nos bater à porta”. Podemos, desta forma, ajudar a entender melhor a infeção e os assuntos com ela relacionados, ajudando-nos a nós próprios e/ou aos nossos amigos.

Há coisas que nos acontecem na vida e só passando por elas é que entendemos o que isso pode significar não só para nós próprios como para a vida de quem nos rodeia. As reações ao diagnóstico variam de pessoa para pessoa e o momento em que nos contam que somos seropositivos e/ou que temos SIDA, é de certeza, uma variável a ter em conta. O sítio em que vivemos, e os recursos aí existentes, são também, na nossa perspetiva, variáveis que pesam na reação de cada um.

Não é fácil... Pois não... nunca ninguém sugeriu que seria fácil. Se precisa de tempo e de espaço para pensar sobre a sua nova condição de saúde, deve procurá-lo. A maneira que se relaciona com o diagnóstico, é pessoal e “intransmissível”. A experiencia é sua e de mais ninguém e se, ainda por cima, é algo que ameaça a sua existência, o mais natural, é sentir-se zangado(a), enraivecido(a), triste e deprimido(a). Se está com medo, expresse os seus medos. Não seja duro consigo mesmo e não se esforce por parecer forte quando o que lhe apetece é chorar.

O importante é reter que há milhões de pessoas que vivem com a infeção pelo VIH de uma forma plena, segura e confortante. E que não há maneiras corretas de reagir. É perfeitamente, normal, na altura, questionar o passado e reviver os comportamentos, sexuais ou outros, que tenham ajudado a tornar-se mais vulnerável à infeção. Precisará de tempo para refletir sobre este assunto, pois é a sua vida que está em causa, e, precisará de tempo para saber quais os passos que terá que dar para se manter saudável de forma a conviver com esta infeção até ao fim dos seus dias. Terá que tomar uma opção e essa deverá ser a primeira – o que fazer, agora que sei que sou seropositivo(a)?

O aconselhamento pode ser útil para que se consiga aceitar o diagnóstico e se consiga lidar com a própria infeção. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que sejam trabalhadas as primeiras preocupações e pensamentos da pessoa recém-diagnosticada, logo no aconselhamento pós-teste. Estas medidas poderão permitir que o indivíduo interiorize de forma mais eficaz informações acerca as consequências do seu diagnóstico, podendo, assim, tomar de forma mais consciente decisões sobre os passos seguintes, incluindo a prevenção de comportamentos de risco e iniciar o tratamento. Nesta fase poderá não ser tão eficaz abordar questões como procedimentos clínicos. Esses deverão ser discutidos mais tarde.

As opções não deverão ficar-se por aqui. Fazer as opções certas de maneira a enriquecer e a prolongar a vida pode tornar-se uma decisão importante a tomar diariamente. O que lhe procuraremos ensinar, através desta leitura, é que é sua opção decidir quem toma o controle de quê, se você ou se a doença. Ajudar-lhe-emos a tomar decisões informadas, independentemente de serem as mais acertadas ou não, o que importa é que serão as suas e pretendemos que as tome de uma forma consciente e informada.

Se necessita de apoio psicológico e/ou partilhar com alguém que passou pela mesma experiência, entre em contacto connosco e fale com a Ana Filipa Lopes, psicóloga clínica através do seu correio electrónico ana.filipa.lopes@sermais.pt

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