Preservativo masculino e feminino
Prevenção
Transmissão sexual pelo VIH
Preservativo masculino e feminino

Existem dois tipos de preservativos. Geralmente, quando as pessoas se referem aos preservativos, a menos que façam referência ao preservativo feminino, é ao preservativo masculino que se referem.

Utilização do preservativo

O preservativo deve ser utilizado de uma forma correta e consistente para fornecer uma proteção máxima. Uma utilização consistente significa usar o preservativo do início ao fim do ato sexual. A utilização correta do preservativo deverá incluir:

  • A utilização de um preservativo por cada ato sexual;
  • Colocar o preservativo logo que ocorra a ereção e antes de qualquer contacto sexual (vaginal, anal ou oral);
  • Segurar a extremidade do preservativo e desenrolá-lo ao longo do pénis ereto, deixando espaço na extremidade do preservativo, evitando que se acumule ar.

Filme gentilmente cedido pela Direção Geral de Saúde, no âmbito do Programa Nacional para o VIH/SIDA
  • É importante uma lubrificação adequada, mas deve-se utilizar apenas lubrificantes à base de água nos preservativos de látex. Lubrificantes à base de óleo, como a vaselina, creme de limpeza, creme para as mãos ou óleo para bebé podem enfraquecer o preservativo de látex e não são recomendados.
  • Retirar o pénis do interior do/a parceiro/a imediatamente após a ejaculação, segurando firmemente o preservativo para impedir que deslize.

Com que frequência os preservativos falham?

Não existe uma resposta para isto, pois estudos diferentes revelaram resultados diferentes. Muitos estudos sobre a eficácia dos preservativos revelaram a frequência com que mulheres engravidaram quando os seus parceiros utilizaram preservativos como método contracetivo. Esta "taxa de insucesso" inclui casos em que o casal não utilizou preservativo sempre que praticou sexo ou não utilizou o preservativo corretamente. Alguns estudos incluíram as vezes em que o preservativo se rasgou acidentalmente com as pessoas que o utilizaram.

O principal motivo por que os preservativos por vezes falham na prevenção de uma infeção por VIH/IST ou de uma gravidez é pela sua utilização incorreta ou inconstante e não pela falha do preservativo propriamente dito. A utilização de lubrificantes à base de óleo pode enfraquecer o látex, provocando a rotura do preservativo. Os preservativos, também, podem perder as suas propriedades originais se forem sujeitos a exposição solar ou se deixar expirar a sua validade assim como podem ainda, ser danificados com os dentes ou unhas aquando da abertura do invólucro.

Pôr um preservativo pode ser a coisa mais natural do mundo para si mas, saberá mesmo colocá-lo da forma correta? Infelizmente, os últimos estudos sobre esta matéria, indicam-nos, que provavelmente, poderá não estar a fazê-lo muito bem.

Um estudo levado a cabo por um grupo internacional de investigadores detetou 14 erros comuns no uso do preservativo que diminuem a sua capacidade de prevenir doenças sexualmente transmissíveis (STDs) e gravidez.

O estudo, desenvolvido em 14 países diferentes entre 1995 e 2011, envolveu 50 trabalhadoras do sexo, centros de deteção de infeções sexualmente transmissíveis, casais monógamos, estudantes universitários e adolescentes e permitiu detetar problemas como:

  • Colocação tardia (entre 17 e 51 por cento);
  • Remoção precoce (13 a 44.7 por cento);
  • Desenrolar incompleto do preservativo;
  • Armazenamento incorreto;
  • Reutilização;
  • Desenrolar do preservativo antes de o aplicar no pénis (25.3 por cento);
  • Não deixar espaço para a acumulação de sémen;
  • Aplicação do avesso com remoção seguida de nova aplicação (4 a 30.4 por cento);
  • Exposição do preservativo a objetos cortantes (como os dentes) durante a remoção do invólucro (2.1 a 11.2 por cento);
  • Não garantir a integridade do preservativo antes da utilização (74.5 por cento dos homens e 82.7 das mulheres).
De acordo com a principal autora do estudo, Stephanie Sanders do Indiana University's Kinsey Institute for Research in Sex, Gender and Reproduction, aproximar o uso típico do uso correto do preservativo é essencial para "reduzir muito a epidemia de infeções sexualmente transmissíveis e gravidezes imprevistas".
Os investigadores reconhecem que o estudo é limitado pela grande variedade de problemas registados nos 50 estudos analisados, bem como pelo facto da maioria dos estudos terem sido realizados em países desenvolvidos, nomeadamente nos Estados Unidos da América.
Apesar dos investigadores realçarem "serem necessários mais estudos acerca dos erros que surgem no uso do preservativo num maior leque de países" sugerem que os problemas citados "poderão afetar milhões de pessoas. "Por exemplo, "a reutilização de preservativos poderá ser mais comum em países menos desenvolvidos ou entre os mais desfavorecidos."

Filme gentilmente cedido pela Direção Geral de Saúde, no âmbito do Programa Nacional para o VIH/SIDA
"A recolha de informação relativa aos erros associados ao uso do preservativo e aos problemas em populações distintas poderá ajudar a moldar as próximas campanhas de promoção do uso do preservativo", concluem os investigadores.
The study, "Condom Use Errors and Problems: A Global View," was published in Sexual Health (2012;9:81-95).
Fonte: Australian Broadcasting Corporation News, Dani Cooper, Aids Portugal, Tradução / Edição: Catarina Pinheiro, 7.5.12

Com que frequência os preservativos se rasgam ou deslizam?

Uma vasta pesquisa nos Estados Unidos revelou que as taxas de rompimento, provocado por defeitos no preservativo propriamente dito, são inferiores a dois em cada 100. Estudos revelaram também que os preservativos deslizam do pénis em cerca de 1-5% dos atos sexuais vaginais e deslocam-se no pénis (sem deslizar totalmente) em cerca de 3-13% das vezes.
Vários estudos revelaram que o conhecimento e a familiarização com o uso dos preservativos reduzem a probabilidade de um preservativo de danificar ou deslizar durante o sexo. Um fator importante que pode conduzir ao dano ou deslizamento do preservativo durante o sexo é o seu tamanho e isto pode afetar a forma simples de o preservativo ser aplicado e a probabilidade de se manter colocado. Existem à disposição diferentes tamanhos de preservativos e é importante assegurar-se de que o preservativo utilizado tem o tamanho correto.

Como são testados os preservativos?

Diferentes países têm diferentes agências reguladoras. Nos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA) regula os preservativos para garantir a sua segurança e eficácia. Os preservativos na Europa que foram devidamente testados e aprovados devem ter a Marcação CE. Noutros países do mundo os preservativos são aprovados pela International Organization for Standartization (ISO), ou seja, Organização Internacional para Padronização. Além disso, certos países têm as suas próprias marcas de aprovação para preservativos, por exemplo a Kitemark no Reino Unido.
As diretrizes da OMS estabeleceram um conjunto de requisitos, que são necessários para garantir a qualidade de cada embalagem de preservativos. Baseados nos padrões internacionais estabelecidos pela ISO, estes incluem testes à capacidade de rotura e de pressão e, detetam orifícios e outros defeitos visíveis. Exemplos de testes utilizados por fabricantes de preservativos incluem o "teste de vazamento de água", que deteta eventuais orifícios num preservativo, e o "teste de rotura" ou o "teste elástico", que revelam a probabilidade de um preservativo se romper durante a sua utilização.

Como é que eu posso convencer o meu parceiro a usar o preservativo?

Pode ser difícil falar sobre preservativos, falar com o nosso parceiro sobre usar um preservativo, pode ser ainda mais difícil. Mas, a verdade, é que não se pode deixar pelo embaraço e colocar a sua saúde em risco. A pessoa em que está a pensar ter relações sexuais pode não concordar, à primeira quando lhe disser que quer que ele use o preservativo enquanto tiverem contacto sexual. Aqui vão algumas desculpas e algumas respostas que poderão colocar em prática:
Da autoria de Agnes Kocsis, CNWL Reino Unido, no âmbito do projeto Eurosupport 6 - www.eurosupportstudy.net
Desculpa Resposta
Não confias em mim? Não é a confiança que está aqui em questão, as pessoas podem ficar infetadas sem se aperceberem.
Não vai ser tão bom com preservativo! Eu ficarei mais descansada(o) e se assim for, farei sentir-te melhor.
Eu não tenho vontade, quando ponho o preservativo. Eu ajudo-te a colocá-lo, isso vai ajudar-te a ficares com vontade.
Tenho medo de lhe pedir para pôr o preservativo. Ele vai pensar que eu não confio nele. A verdade é que se não consegues pedir-lhe é, porque, provavelmente, não confias mesmo.
Não é tão bom como é ao natural. Eu não consigo sentir nada quando uso preservativos. Talvez desta forma dure mais e tenhamos que ser mais criativos.
Eu não tenho preservativos aqui comigo. Pois, eu tenho.
Cabe a ele decidir … ele que tome a decisão. Atenção, porque é a sua saúde que está em questão. Deve ser uma decisão tomada em conjunto.
Estou a tomar a pílula, por isso, não precisas de preservativo. Eu gostava de usar o preservativo na mesma. Vai ajudar a proteger-nos aos dois de infeções que podemos não saber que temos.
Vai quebrar o clima quando for a hora de colocá-lo. Não, se eu ajudar.
Calculo que não me ames de verdade, caso contrário nunca me tinhas pedido uma coisa destas. Eu amo, mas não arrisco o meu futuro para te provar isso.
Quando for o momento, eu ejaculo cá para fora, não te preocupes. As mulheres podem engravidar e apanhar ISTs durante a pré-ejaculação.
Mas, eu amo-te! Então, vais ajudar-nos a proteger a ambos.
Só esta vez! Uma vez é quanto basta!
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