Introdução
Prevenção
Tratamento antiretrovírico
Introdução
O tratamento antiretrovírico, conhecido pelos termos TAR ou HAART, em inglês, é também utilizado como prevenção da infeção pelo VIH, porque reduz a infecciosidade das pessoas portadoras do vírus e, portanto, a probabilidade de o transmitir.
A carga viral de uma pessoa portadora da infecção pelo VIH é o maior factor de agravamento do risco na transmissão do VIH. Os medicamentos antiretrovíricos (ARVs) diminuem a quantidade de vírus dos fluidos corporais de uma pessoa, conhecida como "carga viral", reduzindo, desse modo, a sua infecciosidade, para além de melhorarem o seu estado de saúde.
Assim, aderir ao tratamento tem a vantagem de reduzir significativamente o risco de transmissão. A ideia de "Tratamento como Prevenção" significa usar o tratamento como uma estratégia preventiva a que se pode e deve recorrer, também para proteger os parceiros sexuais e para reduzir, significativamente, a transmissão do VIH.

Filme gentilmente cedido pela Direção Geral de Saúde, no âmbito do Programa Nacional para o VIH/SIDA
Qualquer pessoa infectada pode optar por iniciar o tratamento para prevenir a transmissão do vírus ao seu parceiro(s), mesmo que ainda não tenha indicações clínicas para o fazer. Terá de discutir e convencer o seu médico de que esta estratégia é a mais aconselhada e apropriada para a sua situação específica. O tratamento como prevenção é uma de várias opções preventivas. Ao nível da saúde pública, usar o tratamento como prevenção é um assunto ainda muito debatido. Esta estratégia tem de ter em conta a situação concreta das pessoas a que se destina e, sempre, salvaguardar os seus direitos.
Dados os potenciais efeitos secundários e a possibilidade de aparecimento de resistências à medicação, se não for tomada exactamente como prescrita, uma pessoa que viva com a infecção pelo VIH tem o direito de decidir, com aconselhamento e orientação em relação às desvantagens e aos benefícios para a sua própria saúde, se quer ou não iniciar o tratamento.

Como é que o tratamento VIH é usado para prevenir infeções pelo VIH?

A terapia antirretrovírica já é usada de várias formas para prevenir a transmissão do VIH. A eficácia demonstrada deste método de prevenção é um dos principais argumentos de apoio à estratégia de utilização em larga escala dos tratamentos para reduzir as taxas de transmissão.

Prevenção da transmissão vertical: por todo o mundo, as mulheres grávidas portadoras do VIH, tomam a medicação antirretrovírica para reduzir as probabilidades de transmitir o vírus ao filho. Sem qualquer intervenção a este nível, existem 20-45% de hipóteses que uma criança nasça infectado quando a mãe é seropositiva. Com a utilização do tratamento para a mãe durante a gravidez e parto, reduz-se esse risco praticamente a zero. Saiba mais »»

Profilaxia Pós-Exposição (PPE): em muitos países, quando uma pessoa incorre num risco reconhecido de exposição ao VIH, ocupacional (PPEO) ou não ocupacional (PPENO), é administrada, de imediato e a curto prazo, medicação antiretrovírica. Esta estratégia, conhecida por profilaxia pós-exposição ou PPE reduz também significativamente a probabilidade de ficar infectado.
Em Portugal, faz parte das recomendações nacionais para o tratamento e está acessível nos serviços de urgência do SNS.
A PPE é muito importante quer para a possibilidade de infeção através do sangue e outros fluidos corporais em ambiente hospitalar, em casos de rotura do preservativo em casais sero-discordantes (casais em que só um dos parceiros vive com o VIH), ou para as pessoas que são vítimas de crimes sexuais ou vítimas de assalto.
Também deve se considerado como PPE o tratamento de criança nascida de mãe infectada imediatamente após o parto. Saiba mais »»

Profilaxia Pré-exposição (PrEP): é uma estratégia utilizada para evitar que as pessoas de se infetem com o VIH. O PrEP é utilizado por pessoas saudáveis mas com elevado grau de risco de exposição. Tem potencial para ser usado, entre outras situações, por casais sero-discordantes. Saiba mais »»

Diferentes países estão a implementar o tratamento como prevenção com abordagens diversas, como, de resto, acontece com as recomendações para o tratamento.
Por exemplo, em Portugal recomenda-se que se considere o início do tratamento em pessoas que vivem com o VIH quando os seus CD4 se encontrem entre as 350 e as 500 células/mm3, mesmo que não apresentam sintomas, mas, as mesmas recomendações, enquadram as situações em que quer a PEPO quer a PEPNO devem ser utilizadas e não consideram o PrEP.
Nos Estados Unidos, o tratamento é recomendado a todas as pessoas que vivem com o VIH independentemente da contagem dos CD4 e a PrEP está também indicada para certas situações.

Recomendações Portuguesas para o Tratamento da Infeção por VIH-1 e VIH-2 (2012) versão 1.0 - 31 de Maio de 2012

Encontra-se disponível a versão electrónica actualizada do documento "Recomendações Portuguesas para o Tratamento da Infecção por VIH-1 e VIH-2 (2012)". O processo de actualização das recomendações encontra-se dividido por fases. Nesta fase foram incluídos os seguintes documentos:
Autores
Declaração de interesses
1. Preâmbulo.
2. Categorização e robustez da informação.
3. Recomendações para o início da terapêutica antirretrovírica combinada (TARc) em doentes adultos e adolescentes com infeção crónica por VIH-1.
3.1. Quando iniciar a TARc.
3.2. Que regimes prescrever.
4. Recomendações para o início da terapêutica antirretrovírica combinada (TARc) em doentes adultos e adolescentes com infeção crónica por VIH-2.
4.1 Que regimes prescrever
5. Considerações finais.
6. Documentos de referência.
7. Lista de siglas e acrónimos.

Haverá um futuro para o tratamento como prevenção?

Usar o tratamento VIH como prevenção para acabar com a epidemia da SIDA a nível global, trás, definitivamente, vantagens.
Onde o tratamento antiretrovírico já é usado como método de prevenção nos casos de transmissão vertical e na profilaxia pós e pré-exposição e os resultados são muito positivos na redução do número de novos casos.
Aumentando, significativamente, o número de pessoas em todo o mundo, em tratamento o risco de transmissão seria muitíssimo reduzido. Além disso poderia incentivar as pessoas a conhecerem o seu estatuto serológico para o VIH, porque teriam acesso ao tratamento, e evitar a propagação por ignorância.
Mas o risco não seria eliminado. Para o tratamento funcionar eficazmente como prevenção e contribuir para acabar com a transmissão tem de ser integrado com todas as outras estratégias de prevenção conhecidas - sexo seguro, uso do preservativo e não partilhar material para injeção intravenosa.
Se o tratamento como prevenção for usado ao nível da saúde pública, deverá continuar a ser assegurado às pessoas que vivem com o VIH, o acesso a conselhos apropriados e informação sobre as diferentes técnicas de prevenção que estão ao seu dispor para reduzir o risco de transmissão. O tratamento como prevenção tem sempre de ser complementado com formação, disponibilização de preservativos e material para injeção estéril e com comportamentos seguros.

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