Prevenção
Tratamento antiretrovírico
Profilaxia Pré-Exposição
A PrEP resulta? A PrEP foi estudada em ensaios com animais e com humanos. Os resultados do primeiro ensaio em humanos a provar que a PrEP tinha efeitos positivos foram publicados no final de 2010. Para assegurar que o PrEP funciona é necessário garantir que, quem a usa, adere correctamente à toma da medicação. Quem deverá usar a PrEP?
Um estudo de 2006, sugeria que alguns HSM já teriam experimentado, a toma do Tenofovir, para prevenção da transmissão do VIH. No entanto, as autoridades de saúde ficaram divididas sobre a questão se a profilaxia pré-exposição deveria ser desenvolvida o suficiente para uso geral: a Associação Britânica para o VIH recomendou que a PrEP não deveria ser ainda prescrita fora do contexto dos ensaios clínicos enquanto que, nos EUA, o CDC emitiu, em 2011, orientações para o uso da PrEP por homossexuais e a bissexuais. Em Portugal a PrEP não consta das recomendações nacionais. Riscos e Efeitos Secundários Tomado uma vez por dia, estes medicamentos apresentam efeitos secundários limitados, embora pareça ser comum o aparecimento de náuseas e de vómitos. Existem preocupações sobre a possibilidade da PrEP aumentar a probabilidade de uma pessoa desenvolver resistências aos medicamentos antiretroviricos. Embora ainda não tenha sido documentada em humanos, um estudo com macacos a usar a PrEP revelou que alguns dos animais desenvolveram uma mutação do vírus que foi associado à resistência aos medicamentos. Quem poderá usar a PrEP? A OMS publicou as orientações para a aplicação da PrEP em casais serodiscordantes, homens e mulheres transgenéros que tenham sexo com homens em contexto de alto risco de transmissão pelo VIH. - Casais serodiscordantes: Existem casais heterossexuais em que o homem é portador de VIH e a mulher não e que querem ter filhos. A PrEP pode ajudar estes casais sem que o vírus seja transmitido à mulher. Este método está a ser estudado em alternativa à lavagem de esperma, que é cara e que tem uma baixa taxa de sucesso em termos de concepção. Esta é a razão pela qual a PrEP poderia ser uma opção mais eficaz. A PrEP pode também ser utilizada como proteção adicional quando os casais usam uma estratégia para engravidar designada por "relações não protegidas cíclicas", isto é, não usam o preservativo durante o período fértil da mulher.
Quando usado com o Tratamento como Prevenção, este método preventivo tem demonstrado ser muito eficaz. Há futuro para a PrEP?
Tem sido defendido que a profilaxia pré-exposição poderá ter um enorme impacto sobre a epidemia do VIH em todo o mundo. Apesar destas estimativas, é muito pouco provável que todos os que poderiam beneficiar desta profilaxia venham a recebê-la quando a maioria dos países que enfrentam o maior impacto da epidemia do VIH e da SIDA não tem infra-estruturas ou recursos económicos para implementar esta estratégia. |
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